Os 4 ao km presentes (Isa, Vítor, eu e Eberhard), enriquecidos pela presença do Sequeira |
A 1ª edição da Meia de Almada tinha colocado a fasquia muito alta pela excelência da organização e do muito atractivo percurso.
Sabia-se que para esta edição havia várias alterações, sendo a mais visível o percurso, com partida e chegada no Almada Fórum e não na Lisnave.
Começando pela organização, esteve em muito bom nível. Pelo que me foi dado ver, tudo funcionou na perfeição e saliento o grande número de voluntários espalhados ao longo do percurso que, não só davam indicações, como incentivavam os atletas.
Os reabastecimentos foram muito bons, vários e onde se salienta banana ao 10º km e bebida Gold Nutrition ao 13º e 15º.
Além disso, na passagem por Almada, vários populares aplaudiam todos os atletas, o que até nos levava a questionar se Almada seria Portugal, tal a diferença para o que estamos habituados.
Apenas um reparo à organização, o excesso de volume na música antes da partida que não nos permitia falar, mesmo aos berros, e chegava a fazer doer os ouvidos. De resto, e se esquecermos esse problema do ruído, houve boa animação na partida, inclusive com o lançamento de papelinhos e contagem decrescente, sempre em grande entusiasmo.
O pormenor do som, foi a excepção que confirma a regra duma organização que esteve em excelente nível e que transformou já esta Meia numa de referência nacional.
O vencedor masculino, Nélson Cruz |
Quanto ao percurso, e aqui entramos em questões pessoais de gosto, há duas maneiras de ver a coisa. Comparando com o do ano anterior ou analisando-o por si.
Achei um percurso sensacional o do ano passado. Equilibrado, selectivo e bonito. Daqueles que marcam a diferença. Daí que não fosse fácil fazer um melhor, como não se conseguiu, sendo a maior perda o facto de não termos passado no interior do Parque da Paz.
Mas não o comparando e analisando apenas por si, a minha opinião é que foi muito bom e agradável nos primeiros 18 quilómetros. E digo 18 quilómetros porque foi também equilibrado, selectivo e bonito. Já os 3 últimos deram a sensação de estarmos "a encher chouriços", pois passámos ao pé da meta e andámos grosso modo quilómetro e meio para lá, quilómetro e meio para cá, o que foi pena pois penso que teria sido mais proveitosa uma outra volta por outro local diferente.
Contudo, não deixo que estes 3 quilómetros toldem a opinião que foi um bom percurso. E sendo a 2ª edição e um novo trajecto, há sempre espaço para melhorar ainda mais.
A vencedora feminina, Alexandra Alves |
A nível de participação, aconteceu o inevitável. A Meia baixou de 824 para 625 classificados e os 10 kms de 837 para 576. E porque digo inevitável? Em minha opinião, 3 razões:
1ª Um fim-de-semana prolongado onde vários aproveitaram para sair
2ª Um dia com um número muito grande de provas no calendário, inclusive várias num raio de poucos quilómetros, o que provocou dispersão
3ª O aumento de preço da inscrição de 11 euros em 2013 para 15 em 2014
A nível competitivo, Nélson Cruz do Clube Pedro Pessoa Escola de Atletismo bisou a vitória, marcando agora 1.08.27, com Alexandra Alves da Açoreana Clube Banif a vencer o sector feminino em 1.30.12
Nos 10 kms, os vencedores pertenceram ambos ao Clube Pedro Pessoa Escola de Atletismo, o próprio Pedro Pessoa que marcou 32.10 e Ana Pereira em 46.38
A meta estava a escassos metros e já se festejava! |
Quanto à minha Meia, foi muito agradável, ficando mais uma excelente recordação.
Fiz toda a prova na companhia da Isa e Vítor. A Isa esteve em dúvida até à véspera, por se ter magoado no joelho esquerdo por uma queda mais violenta, e participava sem saber se conseguiria cumprir a distância.
Fizemos a prova quase sempre ao mesmo ritmo, evitando velocidades que pudessem colocar em causa o joelho da Isa, muito certos, fosse em plano, descida ou subida, um pouco ao melhor estilo relógio suiço, e a Meia passou num instante (2.15.24) sendo que apenas parei na meta porque a corrida tinha acabado. Caso me tivessem dito que tinha mais 5 ou 10 quilómetros para fazer, teria seguido sem qualquer problema pois sentia-me bem e em prazer de corrida.
De mãos dadas, cortámos os três a meta, festejando o feito da Isa! |
Pudemos assim os 3 cortar a meta juntos e felizes, sendo a maior alegria pela minha grande amiga Isa ter conseguido completar a prova e sem dores. Nunca é demais dizer, é uma atleta e mulher de grande fibra, garra, coragem e que não vira a cara a obstáculos. Um grande exemplo.
Como se pode constatar, adorei esta manhã e agora... venha a 3ª edição desta excelente Meia!
Entretanto, quero deixar aqui uma palavra muito especial à minha grande amiga Sandra que atravessou um período difícil de lesões, está a regressar à actividade, foi hoje à Corrida Pontes de AMIzade em Coimbra e venceu um troféu que se pode ver na fotografia em baixo, com o 2º lugar de veteranas, um prémio que vem recompensá-la por estes maus meses, e que seja o prenúncio que a lesão se vai embora de vez.
A Sandra é uma atleta e mulher de grande fibra, garra, coragem e que não vira a cara a obstáculos.
Sei que estou a repetir as mesmas palavras mas já viram a sorte que tenho por ter duas grandes amigas assim, como a Isa e Sandra? :)
Parabéns Sandra! |