Os dois 4 ao Km presentes (eu e Sandra), acompanhados pelo Nuno |
Integrada nas festas do Bodo em Pombal, ontem foi dia da 36ª edição da Prova do Bodo, evento que até 2009 tinha a distância de Meia-Maratona e desde 2010 a sua extensão passou a 10 quilómetros, em sistema de 3 voltas num percurso com cerca de 3.300 metros (mais os metros que se fazem desde a partida).
Foi a 4ª vez (2011, 2012, 2016 e 2018) que participei nesta prova que me agrada muito e que me leva a fazer perto de 400 quilómetros no mesmo dia (ida e volta) pois bem o merece.
E merece pelo ambiente de festa onde a corrida se insere, pelas suas gentes, pela organização que sabe o que os atletas gostam e pelo percurso que simpatizo imenso.
Sei que há quem não aprecie o sistema de voltas mas estas são de ida e volta, com espaço visual aberto o que nos permite ter a percepção de como decorre a prova em toda a extensão do pelotão e não apenas no espaço que estamos inseridos, devido aos diferentes ritmos (além do "banho de humildade" ao constatarmos a velocidade que os primeiros levam quando nos dobram...).
Não é um percurso propriamente fácil mas é daqueles que me adapto bem, com uma primeira metade de cada volta em ligeira subida e uma segunda metade em ligeira descida.
Longe, muito longe da forma com que me apresentei aqui da última vez, em que marquei 50.20 o que na altura foi a minha 2ª melhor marca de sempre, antes dos meus cinco sub50, a intenção era um medir de como me situava depois de duas semanas em que pude regressar aos 5 treinos semanais após a entorse no tornozelo e os problemas gástricos que ainda se manifestam.
O ponto de comparação era a Corrida da Lagoa de Santo André, exactamente antes do recomeço dos tais 5 treinos semanais, e onde tinha registado 58.52, apesar da quantidade de treinos não ser sinal de qualidade pois têm andado fracos, ou o possível para o momento actual.
O plano dizia que a primeira volta tinha que ser a gerir, para não colocar em causa o seu todo, e a ganhar balanço para aumentar na 2ª e dar tudo o que restasse na 3ª e última.
A terminar a primeira volta |
Assim estava planeado e assim foi. Finda essa necessária gestão na primeira volta, senti que a coisa estava controlada e comecei a apertar, ganhando confiança com as sensações. Cedo apercebi que a marca da Lagoa (com percurso mais fácil) seria batida e entraria no minuto 57, não descurando o 56.
Na última volta aguentei o máximo na subida, já a calcular para o 56 e dei tudo no último quilómetro e meio (o último km foi o mais rápido dos 10 com 5.11), conseguindo cortar a meta em 56.40, o que me deixou muito feliz. Senti que dei tudo e a prova provada foi a ligeira tontura que senti quando parei após a meta, sinal que não havia mais nada para espremer.
As comparações só são válidas para o que é comparável e portanto não adianta estar em comparações com tempos que ainda recentemente fazia e onde um 56.40 seria considerado fraco.
A comparação tem que ser realizada no momento actual e diz que retirei 2.12 à marca de duas semanas antes, sinal evidente da evidência que é os resultados melhorarem ao poder treinar livremente sem os condicionalismos que me afectaram.
A iniciar a 3ª e última volta |
Agora, a próxima prova é apenas daqui a quase 2 meses (23 de Setembro Corrida do Tejo) e até lá muitos e muitos treinos estão planeados com um aumentar gradual e consistente de quilómetros rumo ao objectivo da época, Maratona de Valência a 2 de Dezembro.
Que as lesões e outros problemas se mantenham afastados que o resto faço eu.
Uma boa semana a todos e umas óptimas férias para quem as está a gozar!