A turma antes de palmilhar para a partida debaixo de "alguma" chuva (eu, Aurélio, Isabel, João Branco, Isa e Vítor) |
Quem leu o artigo anterior, o da Ponte, deve ter notado que a minha primeira corrida, a Mini da Ponte, disputei-a a 26 de Março de 2006.
Assim, e já que estou numa onda de comemorações (e ainda irá acontecer outra no domingo mas essa diferente), faz hoje 11 anos a minha primeira corrida. Em simultâneo, estreei os ténis novos. E o que posso dizer?
(espaço reservado para muitos gritos de alegria!)
Exacto, estou extremamente feliz pois realizei uma grande corrida que culminou com o meu segundo sub50 em 3 meses e meio. Após uma luta de 10 anos para conseguir 1, eis que já tenho 2!
Para o alcançar, as condições não foram fáceis. Lembram-se de referir na semana passada que esteve muito calor e sol? Pois o São Pedro não gostou da dita referência e, catrapumba!, toca de enviar muita chuva e muito frio que é para aprender.
Como a partida e a chegada distam entre si, e como é habitual, deixei o carro junto à chegada para palmilhar os 2 quilómetros e tal até à partida. O que costuma ser um passeio agradável, vestiu-se hoje duma enorme molha. O que me valeu foi o Afonso Tam que me emprestou um saco, já com os buracos feitos para a cabeça e braços. Obrigado Afonso!
O nosso grupo, o da foto inicial deste artigo, lá fez o que foi possível para chegar à partida feitos uns pintos.
Aí, pudemos estar dentro do pavilhão, inclusive às voltas a correr para aquecer.
Foi a minha 7ª presença nesta prova e, uma constante nela, é a simpatia de todos os que a organizam e que apenas pretendem satisfazer o melhor possível os atletas.
Além do fundo solidário para uma causa tão nobre como é a APAV, é sempre um prazer participar nesta prova.
Preparados para a partida, com os casais Nuno/Cristina, Irís/Jaime |
Dada a partida, foi questão de tentar perder o mínimo tempo no primeiro quilómetro mas não começar rápido demais para não pôr em causa o tempo final.
Sim, tinha um objectivo e era tentar baixar novamente dos 50 minutos, após os fantásticos 48.42 no Grande Prémio de Natal em Dezembro onde coloquei uma pedra final nessa obsessão que durava 10 anos.
Nem pensar em poder bater esse tempo mas seria uma grande felicidade em repetir a sensação de baixar novamente dos 50. Não ia ser nada fácil mas toca de tentar. "Se rebentar, rebentei, não há problema", era o lema.
Primeiro quilómetro em 5.29, segundo em 5.13, sensações boas, altura de correr atrás do prejuízo. Entrei então num período extremamente regular de 6 quilómetros, como se pode ver parciais por cada km: 4.58, 4.58, 4.59, 4.58, 4.59, 5.00 (apenas 2 segundos de diferença, estilo relógio suiço)
Faltavam 2 quilómetros e sentia-me com força para ir tentar. Nono quilómetro em 4.49 mas estava a 4.37 dos 50. Altura de não pensar, apenas dar tudo por tudo. Mas ainda deu para gritar um incentivo pois cruzei-me com a Isa e Vítor e vi o tempo especial que iam a realizar.
Os últimos duzentos metros foram muito sofridos! Não pelo cansaço mas por parecer que, por um lado o relógio voava em direcção aos 50, por outro a meta não chegava.
A meta estava agora à frente, dar o tudo por tudo, olhar ansiosamente para o relógio e... 49.58!!!! Ufa!!!! (último km em 4.35)
A festejar na meta com o Nuno Sentieiro (a quem agradeço esta foto e a anterior) |
Fiquei então na meta a aguardar pela chegada da Isa e Vítor que estavam quase a terminar e... grande alegria! A Isa depois explica no seu blogue o que foi :)
Curiosamente, não me sentia especialmente cansado. Completamente encharcado e com frio isso sim...
Quando alcancei os 48.42 em Dezembro, dizia por piada que tinha sonhado 10 anos com o minuto 49 e nem ao 49 tinha chegado. Agora já tenho uma marca nos 49.
Tudo gente feliz com a sua prova :) |
Sei o que tenho treinado, sei todo o esforço que tenho feito mas não deixo de surpreender-me com tudo o que tenho alcançado neste último ano. São valores que nunca imaginei.
Há que continuar a aproveitar a onda! :)
Próximo domingo, vou buscar o meu 9º sino à mítica Corrida dos Sinos em Mafra.