26 de Março de 2006 - A minha 1ª corrida
Mini da Ponte, 7.200 metros de desafio.Conseguirei correr toda esta distância?
Estava nas filas da frente da Mini, o que permitiu correr sem ter que parar pelo trânsito, e enquanto esperava pela partida, admirava o pelotão que aquecia à frente. Iam fazer a enormidade de 21.097 metros, uma distância inacreditável para alguém que julgava os 10 quilómetros serem o limite dos limites no futuro.
Claro que falar em Maratona, significava referir autênticos ETs. Como era possível correr uma distância dessas?
É dado o tiro de partida, começo a correr e recordo-me de constatar com orgulho "Estou numa corrida!".
Uns dias antes, um colega tinha-me perguntado se ia à Mini ou Meia. Convicto, respondi "Mini! Meia não faço nem nunca conseguirei fazer!".
Um ano depois, estava nessa mesma Ponte. Na partida da Meia...
Apreciem o estilo do rapazito na sua 1ª corrida, faz hoje 10 anos |
26 de Março de 2016 - A minha 358ª corrida
Passaram-se 10 anos. 357 corridas ficaram para trás, entre as quais 44 Meia-Maratonas e a glória de 6 Maratonas.
10 anos antes, como estava longe de imaginar tudo o que iria suceder e, principalmente, a série de grandes amigos e pessoas extraordinárias que tive a felicidade de conhecer!
Pela 8ª vez vim participar na minha prova fetiche de dez quilómetros. A vila poema de Constância tem qualquer coisa no ar que me dá sempre asas (e eu não bebo Red Bull!).
Os 4 ao Km presentes, vendo-se atrás o mais pesado carrilhão itinerante do mundo! |
Com excepção do último ano que fiz um tempo na casa dos 59 minutos, pois forcei-me a ir a um ritmo muito controlado por estar a uma semana da Maratona de Paris, todos as outras participações situaram-se entre os 50.08 (meu record absoluto) e 53.44, o que para mim é um tempo extraordinário.
Este ano, e dado que passaram apenas duas semanas da Maratona de Barcelona, feita com as dificuldades relatadas pela lesão no gémeo, era uma prova para rolar calmamente e sem preocupação de relógio. Isto apesar de, e felizmente, a lesão estar agora curada (fez-lhe bem a "tareia" de Barcelona!),
A equipa fez-se representada, além deste vosso escriba, pelo super-casalito Isa & Vítor e, "emprestado" por uma prova, o grande João Branco numa presença que se saúda sempre.
Mas havia também a equipa irmã ACB com a particularidade de fazerem a prova em bloco pois o dia era de comemoração especial, aniversário do Nuno, uma pessoa que merece vénia pela sua forma de ser. Junte-se a companhia sempre muito agradável do Sequeira & Júlia e, como se vê, tínhamos um rico grupo!
Dada a partida, arranquei calmamente. Gostei de fazer a pequena subida e quando dou por mim, sinto-me bem e ala moço que se faz tarde.
Por outras palavras, a intenção de rolar calmamente ficou rapidamente esquecida.
Os quilómetros foram passando e comecei a acreditar fazer 55 minutos. Passei aos 5 com 27.30 e logo apontei para a casa dos 54. Comecei a atacar ainda mais na 2ª metade e os 53 passaram a ser o ponto de mira.
Cortei a meta em 53.17, um tempo que não imaginava ser possível nesta fase. E se na 1ª metade marquei 27.30, a 2ª foi em 25.47
Após a corrida, com o troféu de participação |
No final, era um grupo de gente feliz pela sua prestação e mais ainda por irmos picnicar comemorando o aniversário do Nuno.
Picnicar? Perguntam os caros leitores imaginando que esteve de chuva (por acaso durante a prova não). Sim, picnicar pois funcionou o plano B. Arranjámos junto ao rio um local tapado e onde estava um barco em construção.
É sabido que o português nunca deixa de arranjar soluções, vulgo desenrascanço.
Para a semana, no domingo, vou conquistar o meu 8º sino a Mafra. Mas na véspera irei à corrida do Alto do Lumiar (5 quilómetros) pois finalmente vou poder fazer uma corrida no dia que me viu nascer.
Divirtam-se e tenham uma boa semana!
A comemoração à volta do esqueleto de barco |