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Em Coimbra com os amigos Sandra e Nuno num dia muito bem passado! |
Ontem foi um dia de grandes emoções e orgulho. E quero aqui expressar as minhas felicitações a 4 atletas dos 4 ao km que brilharam.
A Isa, Vítor e Rute estiveram no extremamente duro Ultra-Trail da Serra d'Arga, 53 km de grandes desafios, tendo todos cortado a meta de forma magnífica. Para a Isa e Vítor trata-se de novo record de distância por mais 9 quilómetros, para a Rute a segunda prova na casa dos 50.
Mais a leste, na Maratona de Varsóvia, o Carlos concluiu a sua 3ª Maratona. E por falar em Maratona, ontem foi um dia histórico por se ter quebrado a barreira das 2 horas e 3 minutos com novo record mundial de 2.02.57, marca alcançada em Berlim, prova que o amigo Manuel Sequeira esteve presente na que foi a sua 25ª Maratona.
Portanto, e como se pode constatar facilmente, foi um dia de grande emoções e muito orgulho. Parabéns amigos!!!
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Com a minha imprescindível companhia, Mafalda |
Coimbra tem mais encanto, é uma frase feita mas muito verdadeira. Coimbra é uma cidade linda onde se respira conhecimento e liberdade. E correr em Coimbra, o que me sucedeu pela primeira vez, é especial.
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No pátio da Universidade |
A 1ª Meia-Maratona de Coimbra, Corrida do Conhecimento, foi muito bem organizada, com constante preocupação pelo atleta e por deixar uma marca em todos.
Pelo que vi, é uma Meia com potencial para se tornar das maiores do país, muito acima dos 693 classificados de ontem, e a cidade e a organização bem o merecem.
Paralelamente, decorreu uma Mini de aproximadamente 10 quilómetros, com 435 participantes, e uma caminhada muito concorrida.
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Animação a cargo de tunas |
Início na Universidade de Coimbra, passagem junto ao Jardim Botânico, e vinda até à margem do Mondego, acabando por atravessar a ponte para o lado de Santa Clara, passagem junto ao Mosteiro, Quinta das Lágrimas, Portugal dos Pequenitos e meta no Forum Coimbra.
Um percurso aliciante mas onde o calor atacou, em especial do lado de Santa Clara, onde esteve muito quente.
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O último quilómetro, entre Portugal dos Pequenitos e o Forum Coimbra, debaixo dum sol abrasador |
Para a história, ficam os nomes dos vencedores, José Moreira do Benfica (1.08.04) e Anália Rosa do Maratona (1.15.49)
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Felizes e contentes! |
Como estava a precisar duma corrida destas!!!
Como se sabe, os últimos tempos não têm corrido como era desejável e os níveis de confiança para a Maratona do Porto estavam a vir por aí abaixo aos trambolhões.
Era muito importante que nesta corrida a situação se invertesse e sentisse bem, afastando aquelas enormes quebras das últimas semanas.
Parti com a Sandra e cedo constatei que não estava a carburar bem. Ia num certo esforço e o relógio indicava que ia lento, o que era preocupante pois aquele ritmo inicial era de Maratona e teria que ser confortável e nada desgastante.
Essa sensação durou até cerca da passagem pela Ferreira Borges (4 km) onde comecei a sentir-me mais solto de pernas, não de cabeça pois a falta de confiança durou até aos 10 km, de forma mais acentuada até aos 7.
Aos 10, comentei com a Sandra "Como é que faria agora mais de 4 vezes esta distância? Eu não vou conseguir no Porto!".
Entretanto a Sandra teve que ficar para trás para ir a um café para uma "paragem técnica" e segui sozinho.
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Vitória! |
E aqui, fez-se valer a força mental. Comecei a ter "raivinhas" da frase que disse (que não ia conseguir no Porto) e, tal como sucede várias vezes quando me "enraiveço", transformei-me por completo.
De repente comecei a aumentar o ritmo e a notar que estava a ultrapassar vários atletas e, o mais importante, a sentir-me bem e com força. De tal maneira bem que acreditei que o ritmo agora imposto iria durar até ao final, sem quebras, e que iria ser recompensado com bom tempo, apesar do calor que se fazia sentir.
E aí fui, nunca quebrando um só metro que fosse, mesmo quando passei a ponte para a outra margem onde não estava apenas calor mas muito, muito calor. Mas nada me parava. E se até ao momento da transformação ia com um tempo que daria no final 2.21 / 2.22, a perspectiva de tempo final passou a centrar-se em 2.16, depois 2.15, 2.14, até fixar-se nos 2.13 no último quilómetro, para nos últimos metros descer mais um minuto, cortando a meta em 2.12.43 e uma enorme alegria e alívio.
Alívio porque constatei que há esperança para o Porto. Posso não estar na forma desejável, muito longe disso, o pouco tempo que falta não vai dar para a recuperar completamente, mas há evolução e esperança.
Ontem fui eu!
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Olhem só o estilo dos meninos com uns óculos oferecidos pelo Forum Coimbra |